Suplícios

sábado, 5 de setembro de 2009
Em tempos acreditei que tudo estava perfeito. Como me equivoquei. Magoei quem mais amava e quando isso acontece deixamos de recear seja o que for. Tentando ocultar pequenos defeitos fui criando outros ainda maiores que me iriam atormentar de tal forma que eu tentei evitar usando o caminho mais fácil. Errei miseravelmente. Aquele sorriso que outrora me conquistara desvaneceu. Tal como uma bela rosa que ao cortar sua raiz acabará por murchar mais depressa que as demais. É assim que me sinto. Murcho, morto. Receoso de a perder.
Não farei nada para que ela me possa perdoar pois será em vão. Não tem perdão. Mentiras plantadas em torno de seu coração, cresceram em forma de silvas e seus impiedosos picos mais parecem garras o vão ferindo cada vez mais levando-a ao desespero. Choro… Mas de nada adianta… O mal está feito e não há como remendar. Perdido, não sei para que lado me virar. Sozinho, com ela a meu lado mas sozinho. Ela perdera toda a fé em mim, não a censuro.
Sendo eu lixo, tolice será a dela se decidir dar-me outra oportunidade. Pois desculpas não se pedem, evitam-se.
Deixá-la será a melhor opção? Para quem? Não vivo sem ela, sem ela não sou nada mas foi nisso que me tornei. Não há muita diferença. Mas se me mantiver a seu lado, certamente a farei sofrer cada vez mais. E não suportorto a ideia de fazê-la derramar mais uma lágrima por meus actos impuros.
Sou falso e egoísta. Mas não sou completamente insensível ao ponto de a magoar outra vez. Amo-a demasiado para tal e sendo especial como é, merece ser verdadeiramente feliz.
Que fazer? Alguém me diga… Suplico… Tal como ela suplicou…

1 comentários:

Pureness disse...

Quando fazemos asneiras, por vezes é dificil remenda-las, só o tempo dirá...
O sentimento quando é verdadeiro vence sempre ;)



ps: Gosto tanto da minuciosidade como escreves, é uma beleza ler estes textos* parabéns aos dois